sexta-feira, setembro 28, 2007

o sexagésimo sétimo miado

A propósito das comemorações do Dia Mundial da Música, o coral Adagio estará presente no dia 29 de Setembro, às 21.30, no Salão Nobre da C. M. de Portimão.
"Augúrio", a peça a cappella do projecto Axaraz, marcará presença, além de outra peça especial - "Eu hei-de amar uma pedra", especial porque cantada apenas a quatro vozes solistas, numa harmonização realizada por mim próprio :-)
Apareçam, divulguem, e viva a Música, todos os dias a unir todos os nossos mundos! :-)

sexta-feira, setembro 21, 2007

quinta-feira, setembro 13, 2007

o sexagésimo quinto miado

E hoje, depois do Dalai Lama, o Gato escreve a propósito do mundo muçulmano... É que hoje começa o mês sagrado, o Ramadão (do árabe ramida, "ser ardente"), o período de renovação da fé, de maior profundidade e disciplina religiosa, durante o qual se pratica o jejum ritual (aplicado também ao fumo e às relações sexuais).
O Gato ficou contente com a descoberta do iftar - uma refeição especial tomada em comum no final do jejum diário, partilhada pela família e amigos, ou mesmo numa comunidade mais alargada. Note-se a importância de ser possível pessoas de outras religiões serem convidadas a partilhar este momento de convívio - e é cada vez mais frequente que cristãos ofereçam e celebrem um iftar para os seus amigos muçulmanos...
Viva a partilha! Viva a diversidade e o respeito pela diversidade! :-)

quarta-feira, setembro 12, 2007

o sexagésimo quarto miado


O Gato lembra-se dos momentos em que esteve perto do Dalai Lama, em 2001... Estava no lado de fora da Aula Magna, envolvido por uma série de pessoas que ouviam com respeito e admiração este ser humano, através de um enorme visor. Para além da própria comunhão entre as pessoas (mais ou menos silenciosa ou visível), a felicidade única daqueles momentos foi também as palavras do Dalai Lama, a ressoarem com poder dentro de nós, arrisco a dizer.

Perceba-se mais a fundo ou não a filosofia budista, a verdade é que este ser humano, só pela sua existência e alegria de viver, o seu carisma, a sua compaixão, verdadeira e contagiosa, são poderosamente inspiradoras e estimulam o melhor do ser humano. Sente-se que todas as nossas resistências racionais são muitas vezes uma verdadeira prisão para o desenvolvimento da nossa consciência...

Por várias razões, este Gato não estará presente em Lisboa para assistir e sentir os seus ensinamentos, e o que ele simboliza, não só espiritualmente, mas também na sua forma de fazer política... Lamente-se o estado limitadíssimo de grande parte dos políticos, cujo défice de consciência só os prejudica, e a todos nós, por extensão. As pessoas que mais fazem pelo mundo - o contribuir para aquilo que nos orienta a vida, a melhoria da consciência - não são tratadas como deveriam ser. Tantas são as razões para isso, tem a ver com o próprio estado da consciência colectiva, individual, etc, mas fica apenas este pequeno desabafo: instintivamente sabemos todos o que é melhor para nós, para a nossa felicidade e para a felicidade do mundo, mas não temos coragem de seguir esse caminho (não no sentido budista, mas no sentido religioso, universal), porque implica mudança e sofrimento, implica virar muita coisa do avesso e fundar outra estrutura... Como sempre, é triste pensar que temos mais vergonha, ou medo, do Amor do que do ódio... Enfim, é o ser humano...

Bom, para mais informações:

Um abraço a todos deste Gato que vos ama!

segunda-feira, setembro 10, 2007

o sexagésimo terceiro miado

Publicado no DN, no dia 8 de Setembro. Mais um cartoon brilhante do Bandeira (cravo & ferradura). É para pensar...

domingo, setembro 02, 2007

o sexagésimo segundo miado

Várias provas visuais do envolvimento contemplativo que este Gato teve em vários espectáculos de um festival pirotécnico meridional... Ficou a memória da dança acústica dos sonoros fogos no anfiteatro natural da Praia do Carvoeiro, misturada com uma luminosidade fantástica que o mar ganhava em momentos efeméros... Ficou também a memória visual de um espectáculo arrebatador em Lagos, dada a originalidade dos fogos e da sua forma, muito menos conservadores que os outros espectáculos...
Ao mesmo tempo, outras sensações: multidões de pessoas em férias, de telemóvel e máquinas em punho, gritos de espanto e prazer do susto, e palmas no fim, perante uma iniciativa da marca de promoção turística do Algarve (cujo nome este Gato não escreve aqui, de tão mau gosto que se reveste, no nome e na concepção...) Enfim, rios de dinheiro, em fogo que arde maravilhosamente e de facto arrebatador. Ficamos todos contentes, mas acabado, já está, vamos embora, vamos à nossa vida... Finda o Verão daqui a pouco. Os grandes eventos que dão a projecção a esta bela região, e notoriamente a uma cidade em particular, Portimão, ficam por isso mesmo: grandes eventos, grandes orçamentos, poucos beneficiados, e claro, provavelmente sempre os mesmos, cada vez mais detentores de um tipo de riqueza e de poder egoísta, o povo a adorar, e a esquecer no momento seguinte, os naturais a contentarem-se com o dinheiro de mais umas cervejas que os turistas compram. O que é essencial, a melhoria da qualidade de vida das pessoas e da região, de uma forma sustentada, vai para segundo ou terceiro ou quarto plano, ou etc, porque não é bonito, não tem projecção, não tem imagem... Andamos todos ofuscados com brilho dos fogos de artifício, pois é, é mesmo isso, artifícios para continuarmos todos a viver numa vida de ilusão... Que hajam grandes eventos, fogos de artifício, mas que sejam celebrações do melhor que a Vida tem - a concretização do melhor que os seres humanos têm.





o sexagésimo primeiro miado