segunda-feira, outubro 29, 2007

o septuagésimo sétimo miado

Continuo em digressão :-) Desta vez, a Biblioteca Municipal de Lagoa será o "palco" desta nova edição dos ateliers de Música e Criatividade "Descobrir a Possibilidade".

Lá estarei, nos próximos dias 3, 10 e 17 de Novembro (Sábados), entre as 15 e as 19 horas, tentando estimular, através de dinâmica de grupos, a consciência de que é possível explorar a Música e a Criatividade de uma forma lúdica e descomplexada, mas ao mesmo tempo profunda e rigorosa. No fundo, descobrir ou redescobrir as nossas potencialidades criativas, intra e inter-pessoais!

Como sempre, fico grato pelo vosso interesse e divulgação! Abraço grande!

domingo, outubro 28, 2007

o septuagésimo sexto miado

É hora de almoço... O Gato deliciar-se-á com Tofu na sua refeição... Para desfazer dúvidas sobre o que é isto de Tofu, o modo de fabrico, os nutrientes, algumas curiosidades históricas, aqui estão alguns esclarecimentos:

O Tofu, muitas vezes chamado de “queijo de soja”, dada a sua semelhança com o queijo fresco comum, é feito a partir de feijão de soja. Este é cozido e moído, dando origem a um "leite"; a este é adicionado um agente coagulante (o sulfato ou cloreto de cálcio, ou o cloreto de magnésio); a coalhada solidifica e é prensada, obtendo-se assim o Tofu.

É rico em proteínas e apresenta um baixo teor de gorduras saturadas. Não tem colesterol. Consoante o coagulante utilizado, é rico em cálcio ou em magnésio. É uma fonte razoável de Vitamina E e é rico em Vitaminas B1 e B2. Também possui ferro e fósforo, sendo por isso muito importante no equilíbrio de uma dieta vegetariana. É extremamente versátil, pode ser confeccionado de inúmeras formas. Aqui está uma sobremesa:


Para satisfazer apetites históricos, algumas notas:

O Tofu foi usado pela primeira vez na China há mais de 2000 anos; foi introduzido no Japão por monges que estudaram na China, tornando-se popular entre a classe nobre e os Samurais e posteriormente entre o povo.

No Ocidente, já em 1603 um dicionário espanhol ("Vocabulario da lingoa de Iapam") referia a palavra "tofu". O Tofu foi primeiramente produzido na França em 1880, e nos EUA, em 1895, todavia, numa escala comercial, só em 1929.

Para mais informações, existem muitos sítios na internet. Sugiro um:

http://www.soya.be/what-is-tofu.php

Mas, fora de teorias, o melhor é mesmo experimentar!! :-)

sábado, outubro 27, 2007

o septuagésimo quinto miado

Basta ouvir. É indizível.

o septuagésimo quarto miado

O Gato foi à ópera, na sua cidade... Depois da La Traviata, assistiu a uma das representações da Tosca. Não vestiu o seu fato de gala, mas foi um pouco mais arranjado. Da primeira vez, a tal em que não ia com tais superiores cuidados, admirou-se com o modo como os demais colegas de público estavam vestidos. Com efeito, parecia que a cidade estava à espera de uma ocasião destas para se mostrar enquanto vero público de ópera...
Aparte esta consideração, claro, foi bom constatar a popularidade da ópera, enquanto fenómeno social, repetindo-se a qualquer escala, local ou global. Todavia, há algo menos positivo e que tem a ver com o "teatro de ópera" (com muitas aspas!), ou melhor, o auditório municipal, que depois de mais uma série de obras (que nunca corrigirão os defeitos originais, é senso comum), continua a não servir para este espectáculo e para outros do mesmo género, dado os problemas acústicos e de aquecimento persistirem. Claro que tal impede o melhor desfrutar artístico e também a própria convivência social (de modo mais ou menos variável, as conversas são sobre o frio que cada um sente...). Para quando finalmente se coloca uma direcção na finalização do novo Fórum Cultural, parado há dois anos? Porque é que o cidadão não tem a informação do decorrer das obras e da sua justificação? Como é que pagamos bilhete para um espectáculo cujos organizadores e promotores é a própria Autarquia e depois ficamos a tiritar de frio?... Bom, já imagino um libreto de ópera (absurda) só a partir destas questões. E o público, eu e nós, também entraremos, pois então, como parte do mesmo absurdo que é o de criticarmos e não percebermos que podemos dar um passo em frente ao concretizar de forma construtiva as nossas críticas, para bem comum...
Finalmente, o Gato não poderia deixar de sublinhar o principal, e aquilo que sobressai agora do próprio momento em que escreve e que quer ficar a perdurar na sua memória: o contentamento por ter assistido a uma grande obra de arte, nomeadamente a Tosca, uma obra dramática no seu melhor, com uma história com um ritmo fluente, fugindo às expectativas; uma música perfeita para todos os momentos, numa linguagem e estilo maduro num contexto temporal de passagem do século XIX para o XX.
Como é bom desfrutar de uma das maravilhas do ser humano, a Criação, a Arte, e esta em especial. Bravissimo, Puccini! Grazie, em todas as línguas!

sexta-feira, outubro 19, 2007

o septuagésimo terceiro miado

Estive n'A Cidadela Branca, tive um'A Vida Nova, e agora O Meu Nome é Vermelho. Um percurso feito de dentro de outros percursos; uma viagem dentro e fora do limiar - a realidade e a abstracção, o eu e o outro, o Ocidente e o Oriente - um processo literário (ou direi psicológico?) de grande inteligência, graças ao guia Orhan Pamuk, prémio Nobel do ano passado.
Ao mesmo tempo que este vosso Gato delicia-se com as páginas do mais recente romance editado nas nossas terras, sonha que o Tempo fará com que outras páginas sejam desfolhadas por si - as ruas desta cidade limiar:

segunda-feira, outubro 15, 2007

o septuagésimo segundo miado

O Gato andou por terras do Guadiana.
Deixou-se encantar por uma Moura encantada...
Partilha agora fragmentos desse corpo sedutor:




sábado, outubro 13, 2007

o septuagésimo primeiro miado

Já lá vão unitos, mas um clássico é sempre um clássico! ;-)

segunda-feira, outubro 08, 2007

o septuagésimo miado

O blogue como espaço de escrita e reflexão

As mãos são o veículo, os dedos transportam o combustível e levam-no às teclas. Das teclas surgem ligações que dão a mostrar aos olhos humanos o agrupar de palavras no ecrã, onde se revela, com o seu próprio tempo, o discurso que demonstra naquele momento a vontade de expressão do indivíduo, ou grupo de indivíduos.

Esta expressão escrita tem nos novos meios uma forma poderosa de se fazer notar – eis o mais exponencial exemplo dos nossos dias, o blogue. Em cada tecla que se digita neste momento, multiplicam-se estes novos espaços pelo mundo “info-incluído”. Por agora, surge dizer que a ideia imanente é a vontade do ser humano continuar a desenvolver a sua natureza expressiva, através daquilo que ele próprio cria. A sociedade molda-o e vai sendo moldada por ele, pelo que cria ou por aquilo que permite que aconteça, com maior ou menor consciência e/ou criticismo.

Como se processa então este processo comunicacional, e como poderá ser de facto uma forma de reflexão? Antes de mais, estabelecemos o ponto de partida na própria escrita à mão, em suporte papel, nomeadamente nos parentes mais próximos do blogue, como são o caso dos diários ou das crónicas (igualmente ordenados por uma ordem cronológica e pela temática). Trata-se aqui de proceder a uma observação, muitas vezes esquecida, do próprio corpo do indivíduo quando escreve. Veja-se então e sejam comparadas as diferenças: a escrita tem lugar, mais ou menos fluente, com o corpo debruçado e o seu olhar de forma descendente, sem que haja tanto cansaço como existe no olhar para um ecrã de computador; não é necessária electricidade, existe total autonomia. O resultado da escrita, no caso do papel, tem um carácter portátil e facilmente partilhável, e implica contacto pessoal ou social directo.

No caso da escrita em blogue, surge portanto a questão de saber quais as formas de nos relacionarmos com este meio, com o seu objecto físico sobre e para o qual se deposita essa expressão. Há que perceber primeiro quais sãos os “pais”, ou seja, o quê e quem possibilita este serviço: para já, obviamente é necessária a posse de um computador com ligação à Internet, ou se não, que se tenha acesso a um computador de outrem, ou de um serviço (mais ou menos) público. Saliente-se de imediato, que os pais materiais do blogue – a Internet e o computador –, são prerrogativas de um mundo de países desenvolvidos; um mundo democrático de múltiplas expressões, mas ao mesmo tempo a braços com um perigo de manutenção da liberdade. Note-se que a própria gerência do blogue pode ser sintomática dessa problemática – questionamos assim este espaço de escrita e reflexão livre, no sentido amplo; há que tomar consciência dos condicionalismos de várias ordens, que funcionam actualmente de uma forma subtil, sub-reptícia: o blogue foi impulsionado pelos grandes grupos informáticos, assim como a rede global, a sua gerência e manutenção. Existem limites, de facto, à expressão individual; sabe-se que não existe segurança real no uso dos dados pessoais, e é também certo que, para se aceder aos serviços de um blogue (pelo menos num grande servidor), tem de ser digitada a palavra passe de um correio electrónico pessoal. Na verdade, tudo é supervisionado, ou passível de ser – a liberdade de expressão é muito relativa. Do mesmo modo, um “bloguer” pode ter a sua identidade escondida, mas é perfeitamente possível saber-se a sua localização e os seus dados de registo.

Aparte estas questões que poderão tomar-nos consciência da relação pessoal com o blogue, dos seus limites e cuidados, há que retomar um ponto essencial: a motivação do indivíduo (ou grupo) para decidir criar o seu próprio espaço, para além da necessidade natural, humana, de expressão e comunicação. Nessas razões poderá estar precisamente essa simples vontade de expressão pessoal, com mais ou menos disciplina de escrita, como confronto das suas próprias ideias e com as dos outros, abrindo de facto caminho a um verdadeiro fórum, em tempo praticamente real. No entanto, a própria motivação do indivíduo pode estar ligada ao ego, quando se levanta a seguinte questão: porque é que se tem a necessidade de se expressar o que emana do interior, para um grande universo? O próprio facto de se ter ou não o chamado feedback, da satisfação em se tê-lo, ou mesmo de não se admiti-lo também pode levado em conta... A própria forma como o blogue é divulgado (quando assim é a pretensão), pode ser feita através de ligações a outros blogues, mais populares, onde os comentários serão feitos não só pela simples vontade opinativa, mas também pelo desejo de querer divulgar o próprio espaço e assim ter mais visitas – arriscamos dizer, uma espécie de exibicionismo…
Bom, mas cuidados e críticas aparte (no sentido das várias motivações que envolvem o acto de se ter um blogue), o que acontece é na realidade um espelhar do indivíduo. Mesmo que exista mais ou menos anonimato, que se siga uma temática com escape a um alter-ego, a própria pessoa revela-se e até pode descobrir-se a si própria, escrevendo para um meio que sabe que tem o potencial de ser visto por, virtualmente, milhões de pessoas, e que estas têm também capacidade de resposta e podem estimular o desenvolvimento de um caminho mútuo de aprendizagem. É também um poderoso meio de publicidade pessoal, além de que se podem publicitar outros espaços da preferência do “bloguer”, criando também um conhecimento mais vasto dos interesses do próprio, numa abertura e demarcação do seu território em rede. Acrescente-se, como nota, que tal tem sido conseguido pela facilidade de criação e manutenção deste meio. Qualquer pessoa, seguindo as instruções fáceis de um servidor, pode construir e manter o seu próprio blogue. A formatação tem os seus limites, mas é possível cada vez mais variar e explorar novos designs. E lembre-se também a possibilidade de serem utilizados outros meios para sustentar a mensagem, como os recursos áudio, vídeo, desenhos, imagens, enfim, tudo o que amplifica o poder da expressão…
A massificação da escrita, aberta e acessível ao mundo com esses meios, é uma realidade. Será que a escrita acompanha a reflexão ao mesmo ritmo, no que toca a uma expressão realmente mais livre, dentro dos limites referidos?... Tudo é possível, porque cada ser humano tem a sua própria história e envolvimento social. Todos os meios podem ser usados para todo o tipo de propósitos. Afinal, trata-se precisamente de uma massificação e não de uma democratização – repare-se nos exemplos da manipulação da informação, presentes nos regimes ditatoriais, ou no caso concreto dos últimos conflitos no Médio Oriente, quando o blogue se tornou o veículo preferencial para a propaganda, de cada um dos lados…
Para concluir, partimos da relação do corpo com o blogue, da forma como o cérebro projecta os dedos para as teclas, e depois usa uma das suas mãos para o “rato”, na posição standard, usada por todo o mundo “info-incluído”. Apesar da estandardização da forma de escrita e da formatação que o computador obriga, ainda há lugar para as mãos entrarem dentro do ecrã e deixarem a sua assinatura – tudo isto é afinal a natureza do homem, da sua interacção e interdependência, da necessidade de se expressar, em ser ouvido, em tomar parte do mundo, mesmo que seja só o seu mundo… A questão essencial está em perceber se o blogue, como espaço de escrita e reflexão (e com tanto potencial e poder), pode realmente ajudar o ser humano à sua evolução pessoal e social, através da partilha. Se já serviu para ajudar a dar outros mundos ao mundo de um só indivíduo, então aí está um processo enriquecedor. A grande novidade é que o indivíduo tem agora o poder da publicação, com a maior projecção possível como potencial. E ainda por cima tem o poder de comentar e ser comentado… Se assim é, cresce a responsabilidade para todos nós, onde quer que esteja o nosso mundo, dentro e fora de tantos... Retomemos a ideia do início destes nossos comentários – as mãos são o veículo de todas as vontades.

domingo, outubro 07, 2007

o sexagésimo nono miado

Caros Amigos, estão abertas as inscrições para mais uma edição da formação que este Gato frequentou em Montemor-o-Novo. Recomendo vivamente! Seguem-se mais informações:

O CORPO QUE PENSA

SEMINÁRIOS AVANÇADOS DE INTER-RELAÇÃO PSICO-PEDAGÓGICA

Orientados por Pia Kraemer

Este conjunto de seminários, baseado num intenso trabalho prático e na introdução de novas abordagens teóricas, será um espaço de experiências e de reflexão. Através da improvisação e exploração criativa do movimento e dança, bem como da música e das imagens, conseguimos aceder à complexidade expressiva de cada indivíduo – estimulando a curiosidade lúdica mas colocando-a em contexto com o sentido de profundidade do adulto.

As mais recentes investigações nas áreas do desenvolvimento infantil (Stern, Lichtenberg) e da Neuropsicologia, conduzem-nos a uma metodologia em que utilizamos a motricidade como transportadora do conceito de conhecimento de si próprio, como conceito de relacionamento e como forma de percepcionar o mundo.

Estes seminários são dirigidos a psicólogos, psicoterapeutas, educadores, profissionais da área do teatro e das artes performativas, e outros profissionais com interesse neste campo de pesquisa.

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O Corpo que Pensa I
O Corpo como transportador do conceito de Si, do relacionamento ao outro e ao mundo.

Seminário 1: a escuta e o olhar activo
17 e 18 de Novembro 07

Seminário 2: palavras, música e movimento
15 e 16 de Dezembro 07

Seminário 3: o corpo como interface – teoria do desenvolvimento e o desenvolvimento motórico
26 e 27 de Janeiro 08

Seminário 4: o processo do relacionamento através do movimento
09 e 10 de Fevereiro 08

Seminário 5: corpo e tabu
01 e 02 de Março 08

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O Corpo que Pensa II
A base psíquica da inter-subjectividade

Seminário 1: estimulação / impulsos para uma corporalidade definida
15 e 16 de Março 08

Seminário 2: fluxos expressivos e guiões (scores)
05 e 06 de Abril 08

Seminário 3: o espaço da expressão processual
19 e 20 de Abril 08

Seminário 4: o inconsciente na música e o corpo como intermediário
24 e 25 de Maio 08

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O Corpo que Pensa III
Dilemas do Corpo

Seminário único
06, 07, 08, 09 e 10 de Junho 08

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Horários

Seminários “O Corpo que Pensa I e II”

Sábado: 11h00 – 13h30; 15h00 – 17h00; 17h30 – 19h
Domingo: 10h00 – 12h00; 12h30 – 14h00.

Seminário “O Corpo que Pensa III”

Diariamente: 10h – 18h00

Os seminários terão lugar em Montemor-o-Novo, entre Novembro de 2007 e Junho de 2008, nas instalações de “O Espaço do Tempo”, Convento da Saudação.

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Preço do Curso

O Corpo que Pensa I - 280 €
O Corpo que Pensa II - 240 €
O Corpo que Pensa III - 190 €

Preço por seminário individual - 80 €

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Informações e Inscrições - O Espaço do Tempo
info@oespacodotempo.pt - 266 899 856/7

www.oespacodotempo.pt

quinta-feira, outubro 04, 2007

o sexagésimo oitavo miado

Caros amigos!
Mais uma nova edição dos ateliers de Música e Criatividade "Descobrir a Possibilidade", orientados por mim, irão ter lugar nos dias 6, 13 e 20 de Outubro, das 14 às 18 horas, na Biblioteca Municipal de Lagos. Depois de Portimão e Albufeira, prossigo nesta minha digressão, tentando estimular várias das melhores facetas do ser humano... Apareçam, experimentem! :-)
Abraço com energia!